O goleiro italiano Gianluigi Buffon, de 30 anos, tem em seu currículo vários títulos. O mais importante deles, pela Squadra Azzurra, foi o da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Em 2004, foi escolhido por Pelé como um dos 125 jogadores vivos mais importantes do esporte. Mesmo com uma carreira bem-sucedida, Buffon sofreu de uma "profunda depressão" entre dezembro de 2003 e junho de 2004, como conta em sua autobiografia Número 1, escrita em parceria com o jornalista italiano Roberto Perrone, do Corriere della Sera.
"Não sei explicar bem por que isso ocorreu. Sentia que não estava contente com minha vida, com o futebol, com o trabalho. Minhas pernas tremiam sem nenhuma razão", diz um trecho do livro.
Buffon recorreu a um psicanalista para se recuperar do que ele chama no livro de "buraco negro". Ele conta que só conseguiu sair desse período ruim após participar da Eurocopa de 2004, ocorrida em Portugal – o goleiro tinha medo de disputar esse torneio. Em outro trecho do livro, Buffon se queixa de que as pessoas costumam a enxergá-lo apenas como um ídolo. "Ninguém te pergunta como você está. Você vira um escravo da própria imagem."
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